Passei o Natal e Virada do Ano em uma pequena praia do Litoral norte de São Paulo chamada Camburizinho, com minha esposa, filha, genro, netos e alguns convidados. Com os convidados vieram algumas crianças da idade de meu neto Matheus ( 3 anos ). Como sempre precisaram de um idoso que tivesse prática de andar com o saco nas costa para ser Papai Noel. Fui democraticamente escolhido.
Um dos assuntos que o grupo discutiu bastante, foi que atitute tomar com as crianças nessa idade para fazê-los comer. Foram dadas diversas sugestões como por exemplo: Consultar uma psicóloga.
Na hora da ceia, foi um tal de amorzinho olha o aviãozinho. Vruuumm. Você quer pera???...NÃO!!!. Maçã???...NÃO!!!. Uva???...NÃO!!!. Lixia???...NÃO!!! Bacalhau ??? NÃO!!! Peru ??? NÃO!!!.
Tínhamos convidado também, para passar o natal e ano, um menino nativo da região, muito vivo e alegre, neto da diarista de minha filha, chamado Guilherme ou Gui. Guilherme comia tudo que para ele era oferecido e ainda pedia: Vovó Tana posso comer um pouco mais!!!
Como sou Personal Trainer de Netos, mostrei que ali estava a solução do problema. A psicologa do GUI era o relógio biológico chamado estômago. Na hora que ficava com fome ele mostrava a hora de comer. Gui não tinha ninguém dizendo isso para ele. Ele também não tinha uma diversidade de opções sendo oferecida. Na idade do por que as crianças adoram contestar.
Não sou Lula, mas foi difícil segurar a emoção quando Tana perguntou: GUI qual dos presentes você mais gostou??? (Em casa da elite o Papai Noel deixa vários presentes). Ele respondeu: FORAM AS COMIDAS VOVÓ!!! Infelizmente neste país, ainda tem muita gente, que não entende o " por que " de uma criança gostar mais de comida do que de brinquedo.
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