O relatório Transparência Brasil, registrou que o senador Arthur Virgílio fez 858 homenagens no Senado durante seus 7 anos de mandato. Para se ter uma idéia, o segundo colocado apresentou 74 homenagens. Isso nos mostra como o tempo dos nossos bem remunerados senadores é utilizado. Por exemplo, através da RQS 971/2008, Arthur Virgílio solicitou um voto de estímulo ao músico amazonense Geovani Andrade, que se prepara para gravar seu primeiro CD, intitulado "Infinito". Imaginem se o Congresso Nacional fosse uma empresa privada. Como justificar a eficácia dos senadores tendo de votar esses 858 projetos???
Pois bem, me parece que aqui em Recife o mesmo acontece com nossos parlamentares, não em número, mas no merecimento dos projetos de lei para concessão do título de cidadão recifense. Segundo a mídia pernambucana, a concessão de tal honraria é muito comum e banalizada na câmara municipal. Atualmente, uma polêmica entre duas vereadoras, Aline Mariano (PSDB) e Marília Arraes (PSB), chamou atenção para o assunto. A vereadora Vera Lopes, autora do projeto de cidadão recifense para José Serra, justificou que ele foi o pai dos genéricos. Só não entendi porque ela não fez isso quando ele era ministro da saúde ou governador de São Paulo. Marília Arraes não concordou justificando que Serra é conhecido como " antinordestino ". Na briga, sobrou para o vereador Inácio Neto também autor de um projeto de cidadão recifense para Dilma Roussef. O projeto foi aprovado em abril de 2009. Até agora, a ministra, nem veio recebê-lo.
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