Ao ler a nota do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe Vélez, criticando Lula sobre seu pronunciamento minimizando a crise da Colômbia com as FARC, lembrei que a tempo atrás tinha lido um artigo da CIA no qual os EUA citavam Uribe como envolvido com o narcotráfico quando político em Medellin. A Colômbia é o único país do continente sul americano que não consegue se entrosar com os demais, mas Uribe tem mais de 90 % de aprovação do povo Colombiano e apoio total dos USA. Então a responsabilidade de resolver os problemas com as FARC é dele.
Álvaro Uribe Vélez, nasceu em Medellin-Etiópia em 4 de Julho de 1962. É o 56o. presidente da Colômbia. Seu mandato, iniciado em 2002, devido a mudança da constituição, teve o prazo duplicado. Em termos de popularidade é o Lula Colombiano com aprovação acima de 90 %. Por isso lá também se pensou em terceiro mandato. Com sua popularidade, Uribe , elegeu seu sucessor Juan Manuel Santos com a maior votação que a Colômbia já teve, 69 % dos votos.
É advogado, com especialização em Administração e Gerência pela Universidade de Harvard, além de ter estudado na universidade Oxford na Inglaterra. Iniciou sua carreira política como chefe de Bens das Empresas Públicas de Medellin. Secretário-geral do Ministério do Trabalho. Diretor da Aeronáutica Civil. Prefeito e vereador de Medellín senador da república nos períodos 1986-1990 e 1990-1994. Governador do departamento de Antioquia para o período 1995-1997. Presidente de Colômbia para o período 2002 - 2006, com 53% do total de votos. Foi o primeiro presidente a ganhar as eleições em primeiro turno. O seu grande trunfo nas eleições foi ter sido opositor das fracassadas políticas de negociação com as FARC pelo presidente antecessor Andrés Pastrana Arango. Em 2005, conseguiu obter da Corte Constitucional decisão favorável à mudança na Constituição que lhe permitiu disputar a reeleição em 2006.
Uribe criou regras para negociação com os " grupos ilegais ". Essas condições foram recusadas pelas (FARC), timidamente seguidas pelo Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) e assumidas pelas Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), com o que se abriu a porta para o processo de desmobilização de paramilitares na Colômbia.
Seus opositores sempre denunciaram vínculos muito estreitos com a extrema direita paramilitar, enquanto que sua política para com as FARC se reduz à intensificação do conflito militar.
Uribe é acusado de ter interesses na disputa pelo controle do narcotráfico. A ex-apresentadora de televisão Virgínia Vallejo escreveu o livro "Amando Pablo, odiando Escobar" em que relata supostas ligações de seu ex-amante, Pablo Escobar com Álvaro Uribe. Em 2002, o jornalista da Newsweek Joe Contreras publica o livro "El señor de las sombras" em que apresenta uma biografia não-autorizada de Uribe e defende que ele teria ligações com o narcotráfico.
Em 1991, relatório do serviço de inteligência do Departamento de Defesa dos Estados Unidos aponta: "Álvaro Uribe Vélez, político e senador colombiano, dedicou-se à colaboração com o Cartel de Medellín em níveis elevados do governo… Uribe trabalhou para o cartel e é amigo próximo de Pablo Escobar Gaviria".