domingo, fevereiro 19, 2012

ONG estrangeira "Terre des Hommes" retira barco Abaré de atendimento médico aos ribeirinhos da Amazônia

O que levaria a ONG "Terre Des Hommes" a  retirar seu barco de atendimento médico as populações ribeirinhas da Amazônia, após décadas de trabalho na região, exatamente quando o projeto se tornou um sucesso ??? 
A ONG Projeto Saúde e Alegria (PSA), começou suas atividades nas área ribeirinhas de alguns municípios paraense em 1987. Ela se dedicou a vários trabalhos e um deles foi a saúde. Como na amazônia as avenidas são os rios e as ruas os igarapés com alguns parceiros foi construído em Manaus o barco móvel, ABARÉ, de propriedade da ONG internacional TDH (Terre Des Hommes), com sede na Holanda. O trabalho era realizado a cada 40 dias onde 7 a 8 visitas ribeirinhas aconteciam no ano. Foram feitos vários atendimentos de PCCU, Odontologia, Consultas Médicas, Vacinas para o povo e cachorros, emergências, etc...etc...etc. Isso fazia com que as pessoas ribeirinhas não precisassem viajar para Santarém. Também eram doados medicamentos e  programas educativos, que eram trazidos pelo barco ABARÉ.
Agora devido, me parece a falta de entendimento entre a prefeitura de Santarém e a ONG PSA - Projeto Saúde e Alegria, fez com que a ONG estrangeira tomasse a decisão de remover o barco do projeto após dezenas de anos terminando com os atendimentos médicos em Santarém e Aveiros para cerca de 15 mil ribeirinhos, sob a supervisão da ONG Santarém Projeto Saúde e Alegria(PSA) em parceria com as Prefeituras de Santarém e Aveiro e o governo federal. O juiz da 8ªVara Cível de Santarém, Laércio Ramos em ação ajuízada na tarde da última quarta-feira (15) pela Procuradoria Jurídica do Município determinou que a embarcação fluvial de saúde não pode sair da região para outros estados ou país nos próximos seis meses. Em 2010, o Projeto alcançou um dos seus principais objetivos quando o modelo de atendimento implantado foi reconhecido pelo Ministério da Saúde, que se inspirou nesta experiência para criar o Programa de Saúde da Família Fluvial por meio da Portaria 2.191, credenciando o Barco Abaré I como a sua primeira unidade no país. O Ministério da Saúde passou a financiar os municípios para que pudessem assumir o atendimento antes custeado pelo Projeto. Contudo, a presença do barco é essencial para a manutenção do serviço, já que no curto-prazo não existe nenhuma embarcação substituta.



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